terça-feira, 18 de novembro de 2008

DEVANEIOS DE UM SOLITARIO

As chuvas torrentes de novembro embalam uma sonata
o tempo que resta
e mata
destruindo um coração

apenas um olhar
apenas uma breve interligação
apenas o apaixonar
apenas um coração

apenas os pesâmes
e os canônes
dessa primeira noite
a sombra da vela
como um açoite
por nunca mais poder ver ela

apenas mais um suspiro do universo
inverso
controverso

tudo tem que terminar...
porém tudo que está a encerrar
indica um novo caminhar

para um novo lugar, ou não
mesmo que dentro de nós , em nosso coração

não se culpe, pois a morte vem como vento surdo em nossos ouvidos
e nos chama
apenas um ruido
ela sombriamente clama

esse poema de poeta amigo
que apenas fala desse sentimento inimigo
quer dizer para que o seu pesar
torne a sua força
para esse novo caminhar

PS: poema para meu amigo Lucas o qual perde a garota que tanto gostava de uma maneira trágica...