quinta-feira, 9 de junho de 2011

Desilusão

Quem espera nem sempre alcança
com o passar do tempo
vai sumindo a esperança


A navalha no fio vai ficando tensa
perdendo lentamente
qualquer possibilidade de crença

O tempo vai passando
sentimento se esvaindo
não vejo nenhuma mudança
não vejo ninguém sorrindo

Esperando vai deixando
tudo muito mais difícil
vivendo vou fazendo
minha corte em edifício

O silencio agora afaga
a lembrança agora vaga
a esperança agora traga

Uma roseira só com espinhos
nem uma pétala pra embelezar
destrinchando os caminhos
que não sabemos onde vão dar

Não vejo amadurecer
não vejo amanhecer
somente a eterna noite
que um dia veio acontecer

Não vejo redenção
não vejo coração
para que meu coração redima
qualquer fonte de ilusão

isso simplesmente é
Desilusão

terça-feira, 7 de junho de 2011

zona de conforto

Nós criamos zonas de conforto
passíveis de penetração
temos o caminho todo torto
longe de qualquer revelação


O tempo passa e passa o tempo
nada muda
ao relento

Passam os dias sempre iguais
reflexões somente
dos momentos desiguais

Longa estrada , novas vidas
muitas quedas
memorias revividas


Longas tardes sozinho
cansado de companhias estranhas a existência
é como a forte e intensa latência
dos amargos ou doces sabores de um vinho

Saudades dos tempos de outrora
mas o feito está feito
já era sua hora

Ter tempo para experimentar
viver
sondar

mudar
melhorar

escapar
quem sabe um dia

....


saibas a ultima palavra que deixei para rimar