sábado, 21 de abril de 2012

Supremo devaneio 


eu olho pela janela todo aquele passado
beirando as sombras sentadas a janela 
olhando o garoto sentado


aquele tunel sem fim
fantasia e realidade
este mundo sempre foi assim
beirando essa ambigua calamidade


a coruja oferece seu grito adentrando a noite escura
os sonhos da inocencia 
de toda humanidade na sua cura


aquele mar 
aquele destino
aquela pequena luz que ainda brilha entre nós


aquela forma de pensar
aquele desatino
aquela pequena forma de enxergar entre vós

eu vejo meu pesadelo se tornar oportunidade
vejo o acalanto do tempo em minha vaidade

pequenas caricias do véu to tempo sob minha pele
pequena forma de vida obscura que te repele

uma poesia que mistura loucura e vontade
daquele beijo roubado no fim de tarde
daquele garoto a brincar de Deus de seu pequeno mundo
daquelas sorriso profundo
desmantelando a realidade

eu sou meu guia 
sou minha noite
sou  minha luz do dia 

minha forma de pensar adequadamente não se encaixa
estou completamente dentro 
completamente 
fora 
da sua frequência 
fora dessa faixa


inspiração de contos e estórias
inspiração de derrotas e vitorias

enquanto o garoto ainda brinca com fogo
o homem ainda brinca de queimar a mão
enquanto minha mente adentra ambiente estéril
mais perfeitamente uma criança do que mente fértil

perceba o sonho
não o deixe escapar
imaginação
deixe-a flutuar

perceba a linha que te separa do sonho com a virtude
corte-a como a vida irá te cortar
assim como os tempos dos compassos de um alaude
irá nova melodia montar

deixe o poente agarrar sua pele 
esquentar seu pequeno coração
deixe aquilo que te repele
deixe fluir a emoção


deixe apenas a loucura demente absorver tudo a sua volta
entre no mundo maravilhoso
estoure sua cota
não seja orgulhoso


deleite-se com a virtude de rir como se fosse o dono dessa sanção 
deixe que as marcas te agarrem e se tornem feridas
deixe queimar 
elas irão em determinado momento curar
será sua loucura gravada 
curada
cicatrizada 
eternizada

loucura de aprender com a dor 
pois somente em espinhos nasce a mais bela flor

não tenha esperança, seja ela
não dependa da orquestra
seja da vida sua canção à capella 

viva somente
alma corrente
vida 
semente
veemente 
vida