segunda-feira, 19 de junho de 2017

Futuro?

Eis que me deparo então
com o mais profundo destino em vão
a solidão
é minha atual emoção

Apenas as lagrimas no chão
o coração na mão

Apenas meus heróis envelhecendo
e meus sonhos desvanecendo

O tempo não é aliado
ele não fica parado
ele corrói nossa existência
por maior que seja nossa insistência

Não me espere mais
caminhar não serei mais capaz
me deixe para trás

Tome meu tempo
construa a aliança
tome no peito
minha maior esperança

Futuro
Passado
Presente
Onipresente
Fechado
Escuro

Universo
Multiverso
Controverso
Reverso
Inverso
Perverso

Me tira o sono toda essa imensidão
sem escapatória em direção
ao infinito
menor que meu coração

Mais uma noite de sonhos quebrados
risos desesperados
amores desgastados
senhores do planeta sentados
observando o gado resignado
para sempre ultrapassados

Futuro?
não
só vejo
Escuro

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Ferida profunda

A solidão corrompe meus sentimentos
lembro de todos os momentos
de felicidade
que saudade


A ternura de lábios que suavemente repousam os meus
da pele o calor
o inverno e a dor
remetem a doçura dos beijos teus

De volta a minha torre, observo o tempo passar
e eu passar pelo tempo mordaz
sem ninguém para amar
mesmo que eu fosse capaz

Blocos de gelo tomam belissimas formas
a tristeza em poesia
dia e noite, noite e dia
me transforma


Será que estou fadado a eterna despedida?

Apenas um capitulo de uma história perdida?


Aqueles momentos tão felizes em que a paixão era verdadeira
onde meu sorriso guardava emoção derradeira
será que os perdi eternamente?
eterno em minha mente...

Dói tanto e tão pouco parece doer
toma meu corpo por dentro de todo meu ser
mas o falso sorriso eu mostro para sobreviver

Um verso não escrito é como o que sinto

Um sonho de um breve raio solar de inverno que me tire desse inferno...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Doce escuridão




Nem mais o coração batendo junto ao meu sacia minha sede agonizante
nem mais um labio tocando o meu mata minha fome delirante
nada mais nessa doce escuridão
clareia meu coração


Espinhos negros surgem dos mais variados locais
sangue puro a cada respirar
nas pronfundezas mais abissais
que pude visitar


Não consigo mais te encontrar
meu propósito apenas lamentar
não sinto mais minha própria esperança
fincada e esmagada foi com a ignea lança

Eu prossigo minha jornada
a virtude que guardava
ainda inalterada


Noturna lembrança daquele antigo amor
dele não sinto mais qualquer calor

Pedra coberta de musgo do tempo sem fim
és como deixaste simplesmente a mim

Aquele amor que jamais a casa irá retornar
eu apenas desejava mais uma vez te olhar

Aquela velha foto ainda carrego comigo em luto
esquecer eu reluto

A inocencia está guardada nela e nela navega
no oceanico olhar que minha alma carrega

o breve brilho um dia irá retornar doce escuridão
doce solidão
doce desilução
doce coração ?

O brandir das espadas em meu coração nunca irão parar
nem quando sua alma parar de cantar
a espera de teu amor reconquistar

A natureza dessa alma tão inquieta
a deriva desta goticula incerta
de pura vaidade
e saudade

Deixo as palavras para que leia antes de meu ultimo suspiro




sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Realidade

Saudades, daquela realidade
onde a pureza
não se misturava com a maldade

Todos os dias parecem os últimos poentes
primeiros dias insolentes

Você nunca mais me reconhecerá, nem vai entender
nada será como antigamente
é dificil quando não existe mais nada a dizer

As rimas não fluem mais mesmo em meio a dor
são como pancadas de um martelo em um crânio fraturado
um mundo bipolar onde não se sabe direito mais qual a cor

Esse é meu limbo, onde eu guardo todo rancor
eu espero o momento certo de tentar voltar
amor
é palavra proibida até que eu descubra como me amar

Não sinto mais do que pena de muitos que vivem esse pequeno trecho de existência
tantas possibilidades e pouca latência

Drogar-se em um mundo negro de desconfiança
arriscando cada gota do orgulho
derretendo a velha aliança

A realidade é muito menos do que se vive infelizmente
é muito mais do que se vive dentro da mente

Desistimulo qualquer tipo de esperança
é a primeira a querer morrer
mas você irá antes dessa dança
será o primeiro a começar a derreter

A pior cadeia é a de uma vida que não encontra motivos de resistir
vivendo apenas para existir
medo de não existência
me soa como a minha realidade
impunidade
dessa minha demência

Cada lagrima que derramei
secou no leito que criei
onde meu corpo jaz
e a alma nada mais faz

Eu temia pela sua tristeza
temia por cada mentira que me contou
um estranho é tudo que sou
em sua aspereza


Eu temia ser solitário
mas nunca faria disso querido coração
uma data no meu calendário
o rompimento com toda minha emoção


Cada dia se arrasta como uma vibora feroz
cada dia é vivido como uma experiência atroz

Eu desejaria rebobinar minha mente
ser um ser inconsciênte

Eu desejejaria ser como um ciclo perfeito e acabado
mas apenas perco minhas noites aterrorizantes
no caminho agonizante
acordado

Meu castigo talvez seja tão leve quanto uma pluma
mas tudo que desejo é que a dor suma
não me interessa o que terei que fazer
mil vezes eu suplico por outra chance de viver

Poucas palavras definiriam melhor minha incapacidade
como a falta de vivacidade em meio a sobriedade
a loucura que me ronda como uma predadora
da minha sanidade
és minha caçadora


A rima é apenas uma forma de dizer
que tudo que escrevi até então significou que não...
não existe nada a fazer...


Realidade
pura maldade
pura saudade
pura verdade
pura calamidade














sábado, 5 de julho de 2014

Bloqueio do Adeus

Antes era apenas um olhar
a me sussurar
a distancia pouco importava
era aquilo que me ligava


Agora vejo um ficticio bloqueio
onde você me mantém
não existindo qualquer outro meio
qualquer palavra que me mantenha bem


Eu fui colocado de joelhos e foram surrados
aqueles olhos de ternura agora estão calados

Olhos azuis que se tornaram vermelhos do mais puro rancor
a velha linha tenue
entre ódio e o amor

Nenhuma linha será lida
Nenhuma palavra terá vida

Donzela odiosa e odiada
mal reconhece em sua própria futilidade
que se esconde por trás de sua tenra idade
uma grande cilada

Quem chamas de amigo hoje pretende sua queda definitiva
seu conto de fadas será sempre derrubado de forma furtiva
saia da ilusão
viva o coração

Me jogaste no lixo junto com todas as lembranças
joguei junto deste lado todas as esperanças

Um adeus não foi suficiente para meu coração
vivi intensamente essa emoção
viveria por aquele amor
morreria por aquele amor
mesmo que fosse em extrema dor
encontre no lixo junto com meus restos mortais
e seus valores banais

O mais puro foi o que te ofereci
o mais impuro foi o que recebi

Quem te deu rosas perfumadas
recebeu suas admitidas grosserias
suas venenosas palavras
irão envenenar seus dias

Adeus bela


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Dia dos Namorados

Cá estou eu hoje, sentado em minha mesa, olhando pela janela vendo o dia passar.

Mil coisas a fazer e poucas poderiam mais me atormentar...

Meu coração continua a bater, não estou caindo, talvez eu esteja até voando longe agora

Eu perdi a dor e com ela o amor, mas todos sabemos que ela vive dentro nós não é mesmo?

Naquelas caixinhas pequenas e conturbadas que evitamos abrir, a poeira costuma deixar nossos sentidos irritados...

Escrevo hoje sobre o dia de amanhã

Não tenho ninguém... mas eu tenho a mim  mesmo

Talvez eu espere uma ligação que nunca vai vir

Uma mensagem que nunca receberei

Uma volta talvez...

Mas talvez seja apenas uma palavra pra demonstrar minha desolação

Eu queria poder tomar um café em companhia melhor do que o menu

Andar por ai me faz sentir sozinho, então fico no meu canto

Sei que tenho amigos, tenho família, mas todos sabemos quando dizemos sozinhos o que isso significa

O coração precisa compartilhar algo que ainda não veio e talvez nunca venha, sempre em busca de algo que surge, cresce, muitas vezes falece ... inumeras vezes... e não sabemos direito como enterrar

Confesso que ainda sou péssimo nisso

Eu gostaria de fazer diferente dessa vez, mas não sei como...

O dia amanhã vai ser ideal por muitos motivos incriveis, mas para mim um dia normal, pois estarei tendo o normal da maioria... o de passar sozinho

Sei que ninguém vai ler isso, vai passar desapercebido, mas eu precisava escrever...

Obrigado a essas linhas que me fazem companhia em meio a essas letras que me desabafam






sexta-feira, 30 de maio de 2014

esquecimento

" No jardim do seu esquecimento não existem rosas, as cores tendem ao cinza enevoado, arbustos com pontiagudos espinhos

Contudo...

Nos campos da minha memória ainda viva, machuco meus dedos, relembrando momentos, imaginando cores, penso estar tocando em rosas... mas sangro me ferindo em espinhos" 

(Christian Thomas Oncken)