domingo, 20 de setembro de 2009

vida

não sou nada
sou apenas eu
de maneira errada
que não floreceu

sou sonho esquecido
palavra perdida
um azar ambulante
a verdade tecida

eu tento o melhor de mim
mas mesmo assim....
antes a palavra não do que o
suave beijo do sim

implodi as esperanças derramadas no meu suor tenaz
nas minhas longas notas solitarias
dessa triste melodia

aquilo que faz
de formas solidarias
anima ainda meu dia

a velha luz dos candelabros da minha infancia perdida
num livro empoeirado e sinistro
assim como quando uma criança abre o livro e se ve nela
descobrindo os segredos de si mesma

eu ainda olho o por-do-sol
e penso na eternidade
daquela luz dourada aquecendo macia a minha pele
numa tarde amena de inverno
sozinho num muro

hoje perdi aquela ingenuidade que me vinha nos olhos de menino
mas continuo ingenuo

ainda aprendendo a viver
ainda aprendendo a esquecer
ainda aprendendo a amar
ainda aprendendo a me desculpar
mas ainda quero ser o garoto do fim de tarde
e aprecia-la eternamente
pois no fim
vai ser essa imagem quer vou querer em minha mente

o por-do-sol, no qual encontrarei todos que me acompanharam em minha vida
todos os amores
e todas as desculpas
e apenas dizer
eu vivi

Um comentário:

L. Redhead disse...

Uauuuuuu, amei toda a poesia!
E a terceira estrofe, me identifiquei um pouco.:)
Linda!!!