sábado, 27 de abril de 2013

Onde as sombras não chegam (saga Princesa surreal pt 2.)




Um dia o relógio começa a regressar
as areias a se petrificar
seu coração a sangrar
sua alma a navegar

Um dia a luz se apaga
as sombras voltam
nada te afaga
os minutos só enrolam

Um momento
um olhar
um desatino
um cochilar

A bela distante agora perto
não mais senti
não mais me vi
naquele deserto

O momento da noite
parece um açoite
aonde as sombras não chegam
não negam
os sonhos
não me entregam

Observar da minha janela a princesa passar
desvanecendo entre o inicio
e o fim do olhar

Lentamente o véu que cobria a alma
passa a me aquecer com calma
lentamente meus sonhos se reconstroem na tua figura
numa época futura
onde não cede o inverno
só o terno
eterno?

Mesmo sonho, mesmo realidade
mesmo acordando
deixará saudade
pois foi no gelo a luz
que por algum tempo na escuridão
me conduz



Nenhum comentário: