Um dia o relógio começa a regressar
as areias a se petrificar
seu coração a sangrar
sua alma a navegar
Um dia a luz se apaga
as sombras voltam
nada te afaga
os minutos só enrolam
Um momento
um olhar
um desatino
um cochilar
A bela distante agora perto
não mais senti
não mais me vi
naquele deserto
O momento da noite
parece um açoite
aonde as sombras não chegam
não negam
os sonhos
não me entregam
Observar da minha janela a princesa passar
desvanecendo entre o inicio
e o fim do olhar
Lentamente o véu que cobria a alma
passa a me aquecer com calma
lentamente meus sonhos se reconstroem na tua figura
numa época futura
onde não cede o inverno
só o terno
eterno?
Mesmo sonho, mesmo realidade
mesmo acordando
deixará saudade
pois foi no gelo a luz
que por algum tempo na escuridão
me conduz
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